sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Buscando erros nos acertos.

Hoje chegarei em casa mais cedo.
Ausentei-me das estradas e o desejo
de calcar uma espada nesse objeto sem nome
se tornou consulente da minha calma.
Fecharei as cortinas e embrulharei o peso desse medo num papel de carta.
E nas palavras, plumas de aves celebrarão o perdão para cada rabisco arrependido.
Volto porque preciso asfixiar o pensamento, que solto,
se emaranha em galhos de árvores pela rua.
Volto porque não quero deixar de voltar sempre.
A presença espirituosa da escolha e a desordem
desmamam meu ego e me apego a tudo o que não sei
se sou, mas vou sedento em busca de explicações
para mais uma vez, não voltar.

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