quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Mais sal ou água doce, por favor.

Como eu costumo dizer às vezes "me sinto tão sem sal quanto a comida da vó Leda". Juro que pra almoçar ou jantar lá tem que levar uma saleira junto. But, não é pra falar da comida da minha fofona vó Leda que eu to deixando de fazer meus afazeres do job pra postar aqui. É, deveria ter uma razão motivadora já que quase esqueço o endereço do blog.
Semana passada eu achei que mundo mundo havia caído e que todo mundo tinha percebido... Bá, dessa vez "foi". Água com açúcar pra Erida, um chá de camomila pra acalmar.
Depois que a coisa se acalmou e ninguém mais comentou ou olhou com aquela cara de piedade e "tá tudo bem?" eu senti que nada mudou. Mas abri uma visão periférica do meu coração, em busca de outra explicação para como me sinto. É como se eu tivesse aberto o portão do castelo e me sentisse pequenininha diante de tanta coisa em movimento do lado de fora. De fato, ele não pára. Mas a minha lente parece teimar em assistir ao tempo em câmera lenta. O que acontece é que, quando a câmera aumenta a velocidade parece ser rápido demais pra mim e eu me sinto parada, plantada num terreno baldio, cheia de entulhos velhos e corro contra o tempo feito louca para voltar ao presente. Não que a vida seja fácil e não seja doída, mas "who am I to be blue?".

terça-feira, 21 de julho de 2009

A árvore dos nossos amigos.

Depois de ver a homenagem que um amigo fez em seu blog pelo dia do amigo, pensei que deveria ter um espaço também para registrar momentos com que estes me presenteiam. Aí lembrei de um texto que ganhei de uma colega do colégio, no dia do meu aniversário. O texto se chama "A árvore dos nossos amigos", e me tocou tanto que lembro bem até hoje. Comparava os amigos às folhas de uma árvore e que, a cada estação do ano elas se modificavam pelo tempo. No outono algumas sopravam para longe, umas sumiam para sempre, outras reapareciam na primavera, umas que caíam mas sempre continuavam por perto... E faz muito sentido.
Eu gosto tanto de conhecer a história das pessoas, saber que tem muita gente boa e simples neste mundo. Às vezes uma pessoa que tu conheceu na parada de ônibus e conversou por alguns minutos pode fazer tanta diferença quanto uma que tu conhece há muito tempo e não te ofereceu nada.
Se tu está caminhando no centro de uma cidade grande, por exemplo, e no meio da multidão apressada, tu pára pra atravessar a rua e, do outro lado, alguém pára pra atravessar para o seu lado, vocês se olham, se cruzam e... Cada um para o seu lado, seguindo em frente. Daqui a pouco, por intuição, tu olha pra trás e sente uma coisa estranha, uma sensação boa, de "parece que eu conheço esse cara de algum lugar". E o cara também olha pra trás, e tu disfarça e vira rápido. A gente fica procurando encontrar motivos às vezes. Mas na verdade, queria dizer "puta, que massa que esse cara existe". Pronto. Não tem muita lógica. (Aliás, mania chata e inútil essa de as pessoas ficarem procurando lógica em tudo.) Empatia.
Tem tanta gente extremamente necessária para conhecermos que ocupamos nosso tempo com tanta bobagem que ele passa e não nos dá outra chance. Fica só no olhar e sentir "que bom que você existe".
Mas já que o tempo me deu a chance de conhecer tu, que está lendo essa coisa toda que eu tô escrevendo, é porque posso não apenas pensar, mas dizer diretamente: que bom que vocês, meus amigos, existem.
Feliz dia do amigo!