terça-feira, 6 de setembro de 2022

Poesia e cura

 


Cobre o peito com a mão 

Se te devora um poema 

Não demora te descobres 

Tua alma de pareia 


Mente ao sono que escracha

De antena, camioneta 

Fica o cheiro de borracha 

Pesadelo de boneca 


Desprende a culpa 

Joga alto uma moeda 

Sopra o vento da biruta 

Solta o braço que te aperta 


Renasce da poeira 

Que a estrada te cuspiu 

Te veste de poema 

Acorda o sonho que insurgiu 

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