Cobre o peito com a mão
Se te devora um poema
Não demora te descobres
Tua alma de pareia
Mente ao sono que escracha
De antena, camioneta
Fica o cheiro de borracha
Pesadelo de boneca
Desprende a culpa
Joga alto uma moeda
Sopra o vento da biruta
Solta o braço que te aperta
Renasce da poeira
Que a estrada te cuspiu
Te veste de poema
Acorda o sonho que insurgiu